DEPOIMENTOS



Este é um dos homens por quem nutro uma infinita admiração. Obrigado Professor! Por ser a pessoa que é e por tudo aquilo que tem feito pela minha família.
Um forte abraço.

Pedro Castro, Sandra Castro, Diogo & Inês Janeiro 2009

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Li há momentos na revista "Sábado" um pequeno parágrafo na crónica da Maria João Avillez em que elogiava o Dr. Ramos de Almeida. Tive um momento de enorme saudade dos tempos em que ele era meu pediatra (e devo confessar que continuei a ir ao pediatra até para aí aos 16 anos. Hoje tenho 27!), do consultório e do suporte das canetas que ficava impecavelmente arrumado na ponta de secretária, do habitual interrogatório que começava no "Ouves bem com os teus ouvidinhos? Vês bem?" e acabava invariavelmente no "És feliz?" - e a pergunta, porque feita por ele, ganhava força e importância...Era aqui também que ele marcava toda a diferença!

A confiança que ele sempre inspirou levou-me a telefonar-lhe dezenas e dezenas de vezes, já adulta feita, para saber se isto ou aquilo era aconselhável ou adequado, como se não existisse mais nenhum profissional confiável.... Não foi só o pediatra, foi o homem excepcional nas mãos de quem os pais sabiam que podiam deixar os filhos. Foi assim comigo e foi assim com dezenas de amigos meus de infância que pelo Dr. Ramos de Almeida também passaram. É por isso que também eu que só por vergonha não lhe tenho telefonado a pedir conselhos médicos, vou tentar contactá-lo e pedir-lhe que me dê uma lista com nomes de pediatras da confiança dele. E o que ele disser vai ser sagrado... como, aliás, sempre foi!

Obrigada por tudo!

Joana Marques dos Reis Junho de 2008

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O Homem que venceu na vida é aquele que viveu bem; riu muitas vezes e amou muito, que conquistou o respeito de homens inteligentes e o amor das crianças, que preencheu um lugar e cumpriu uma missão; que deixou o seu mundo melhor do que o encontrou, quer seja com uma flor, um poema ou o salvamento de uma alma.

Que procurou o melhor nos outros... e deu aos outros o melhor de si.

Um forte abraço

Francisco Lacerda  Fevereiro de 2008

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Perdendo a vergonha de ser avaliada por o olho clínico de quem tão bem escreve, aqui me atrevo a deixar umas linhas.

Quando o Dr. Salvador da Cunha, meu pediatra, se reformou, entregou à minha mãe uma lista com o nome dos pediatras da sua confiança.

O primeiro dessa lista era o Dr. Ramos de Almeida.

Assim, quando em 1992 estava para ser mãe, não houve qualquer hesitação quanto à escolha do médico que gostaríamos que acompanhasse a Inês nos primeiros anos da sua vida.

Nessa altura houve quem nos dissesse: “Vejam lá, é um excelente pediatra mas um bocado maluco”. Demos ouvidos ao que realmente nos interessava – um excelente pediatra – e deixamos o resto ao nosso critério.

Começámos então a contactar com este excelente pediatra, sempre disponível, muito observador, inicialmente parco em palavras, que muito sério me deu a seguinte indicação:

“Sempre que telefonares diz que és a filha do Isidoro!”

Sou de facto filha do Isidoro, Isidoro este que sempre me falou do Dr. Ramos de Almeida com imensa admiração, referindo inclusivamente que tinha sido a primeira pessoa a falar-lhe de Eça de Queiroz. Assim, como tal me fui anunciando até ao dia em que estava para ser mãe de gémeos, altura em que com um sorriso aberto me disse: “A partir de agora podes dizer que és a Rita Casqueiro!”

Passados que estão quase 16 anos desde que conheci o Dr. Ramos de Almeida, há duas coisas que gostaria de dizer. A primeira é que, aquilo que alguns apelidam de “maluqueira” deste excelente pediatra, não passa de uma série de pequenos testes, temperados com um requintado sentido de humor, para avaliar a capacidade de reacção da pessoa visada. A segunda...  é um grande MUITO OBRIGADO!

Muito obrigado por acompanhar tão bem os meus filhos, por todos os seus preciosos conselhos, pela confiança que sempre me transmitiu, por atender com boa voz os meus telefonemas fora de horas, pelo tempo que despendeu para conversar comigo. É com muito orgulho que o João e eu dizemos que confiámos a Inês, o João, a Rita e o José nas suas mãos.

Com toda a amizade e enorme admiração,

Rita Casqueiro, filha do Isidoro Janeiro de 2008

 

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Nasci em 1961.

Até cerca dos meus 14 anos, com a regularidade que a "revisão" obrigava, fui ouvindo com a atenção de um puto que escuta o desvendar de segredos, as recomendações que o Prof. Ramos de Almeida dava a minha mãe. (ainda no consultório da R. Sidónio Pais)

“O Paulo já tem 7 anos, está na altura de executar as seguintes tarefas…”; “O Paulo está com 12 anos, o gajo agora vai…”

Em 2002, estava eu e a Maria de Jesus com as nossas filhotas Inês e Beatriz ouvindo as indispensáveis recomendações que agora, cumprindo o ciclo da vida, nos eram dirigidas, quando me ocorreu pedir o parecer do Prof. sobre um problema de pele que me apoquentava.

Estávamos prestes a sair quando lhe pedi opinião. Para nosso espanto, voltando a sentar-se pediu: “A ficha do Paulo se faz favor!”.

Em menos de um minuto, trinta anos depois, estava o Prof. na posse da minha ficha, muito sério, sem esboçar um mínimo sinal do prazer que a situação seguramente lhe proporcionava. Começou então a ler pausadamente, como é seu hábito: “O Paulo nasceu em Setembro de 1961 pesava 3,150 kg, media… “

Revi naqueles minutos a minha infância, com as suas varicelas e sarampos; recordei-me do entusiasmo que me invadia quando nas consultas ia enfim saber se estava ou não bem classificado no percentil; recordei a "dor na hérnia" com a qual eu aos 9 anos enganava meio mundo para conseguir dispensa da odiosa ginástica e que o Prof. "curou" quando anunciou ir encaminhar-me para um colega cirurgião. (Ainda hoje estou para saber se me queria mesmo operado ou se foi a maneira mais eficaz e discreta que encontrou para que eu repentinamente deixasse de sentir a "dor"...).

Depois, terminada a leitura da ficha, abriu a tampa da caneta de tinta permanente e dando continuidade à última linha, escreveu no seu modo firme e miúdo:

“Retomou as consultas em Julho de 2002 com queixas de…”

Seria a caneta a mesma?

Não sei, mas o espírito, a letra e também a cor da tinta eram.

(Semanas mais tarde, não resisti a dar continuidade ao inesquecível episódio. Frente à especialista, este marmanjo quarentão apresentou-se:
 
- Sra. Dra. Estou aqui por indicação do meu pediatra. )

Paulo Barreiros Julho de 2007

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Caro Dr. José Miguel Ramos de Almeida,

Sou uma das netas que assinou o email abaixo mencionado e, antes demais queria pedir desculpa por todos por ter recebido mais uns emails por engano. A tia e prima fizeram um "reply all" e não perceberam que o seu endereço estava agrupado também.

Mas também lhe escrevo para acrescentar que, chegados a casa nesse tal dia em que lemos a sua história, descobri que o Sr. Doutor foi o pediatra do meu marido, Manuel Ferreira Martins, filho do seu amigo Fernando Mena Martins....

Achei graça, e os tios Fernando e Belinha também, contar-lhe!
Que coincidências engraçadas!

Maria Barreto Martins

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Querido Sr. Dr.,

Ontem dia 26, a mais nova das 4 filhas do João Facco Viana Barreto, descobriu por acaso na Internet a sua história, enquanto passava o tempo (dia 26…) à procura de histórias de Natal no trabalho.

Hoje, dia 27, era o almoço de Natal dos descendentes (filhos, netos e bisnetos) do Avô Jão. De surpresa, leu-se a história sem saber quem era o autor…. Viemos rapidamente à sua procura na Internet e vimos assim dizer-lhe o que nos emocionou, nos fez saudades e nos deu alegria! O que nos recordou das delicadezas e sabedoria do nosso querido pai e avô!
Já descobrimos que vem de um livro seu. Queremos agradecer-lhe de todo o coração o lindo presente de Natal que nos deu!

Muito boas festas,

Das filhas,
Margarida, Madalena e Manel, Luísa e Helena

Dos netos,
Madalena e Rapazote, Miguel e Rita, Mariana e Vasco, Zé Maria e Rita, Manel Maria, Catarina e Bartolo, Maria e Manel, João Maria

Dos bisnetos,
Francisca, Gi, António, Miguel Maria, Zé Maria, Bernardo, António Maria, Madalena, Madalena, Rosarinho, Teresinha, Bartolomeu, Vasquinho, Mariasinha, Rodrigo

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Conheci o Sr Professor Ramos de Almeida, ainda aluna finalista do curso de enfermagem de S.Vicente.

Estava em estágio no piso 9,do Hospital de Santa Maria, onde o Sr Dr exercia e dirigia.

O seu modo tão peculiar de simpatia, eficiência ,bondade e grande Senhor,a disponibilidade e entrega total, a todos os doentes, a todo o pessoal que ali  trabalhava, aquela "onda"de serenidade, misto de grande profissionalismo, humor, aquela pessoa tão culta e humana ,e aquele sorriso tão acolhedor, para sempre ficaram na minha memória.

Para além disto era um homem muito elegante, muito bonito e por onde ele andava, por aqueles infindáveis e castanhos corredores, ficava um cheirinho de lavanda inglesa que lembro com grande intensidade.

Devo-lhe a ele muita simpatia, acreditou em mim e no final do meu curso ,por lá fiquei pelo serviço, a trabalhar com a equipa do Dr.Ramos de Almeida, até que me transferi para a Maternidade Alfredo da Costa, onde exerci muitos anos mantendo assim contacto com o Sr.Dr.


Rita Espírito Santo

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 No verão de 1976 terminei o meu curso ( Filologia Românica) e, nesse outono, fui colocada numa escola de Cascais para fazer o estágio pedagógico .Em novembro engravidei do meu primeiro filho,Miguel,agora com 34 anos. Não havia ecografias ,apenas para casos complicados,mas eu "sabia  que ia ter um Miguel loiro e de olhos azuis, creio que era um sonho de criança que se cumpriu a 5 de agosto de 1977 !


Tive uma gravidez boa mas um pouco stressante pois sou e... continuo nervos/ansiosa ,é preciso ver que tinha 22/23 anos e estava a dar aulas sob os holofotes dos orientadores de estágio e rodeada de colegas com 50 e tal anos ,a idade que tenho agora e me achavam uma "hipótese" de professora devido à minha juventude...


Não havia dúvidas sobre qual o pediatra que iria seguir o meu filho : o Doutor Ramos de Almeida ,nosso vizinho da rua traseira ,a Alameda Conde de Oeiras ! Na época vivia na cave dos meus pais,na R.da Qta das Palmeiras,2-A. 


O Miguel veio ao mundo na Cruz Vermelha. Chegou bem mas era preguiçoso,não sabia mamar...Começou a perder peso ,teve uma gastroentrite e o Senhor Doutor internou-o em St Maria donde só saiu a 5 de setembro,no dia em que fez um mês.


Nem vale a pena referir quanto sofri e como ,todas as noites cheirava, sofregamente as roupinhas do meu bébé pois era doloroso deitar-me com o berço ao lado da minha cama vazio,só tinha mesmo aquele cheirinho a bébe entranhado nas roupas que despiu para vestir a bata do hospital...


O Miguel recuperou e creio que posso afirmar, sem exagero,que se estabeleceu uma grande empatia e cumplicidade entre o pediatra e o Miguel,nunca fez fitas nas consultas e até dava risadas !


Numa altura ou outra, o Doutor Ramos de Almeida foi lá casa ,acompanhado do seu filho Miguel,em momentos de aflição .Era prático, pois o Paulo dava um salto a sua casa,nas traseiras da nossa, a chamá-lo  e lá apareciam pai e filho ,sempre muito unidos !


Sete anos depois chegou a Joana,julho de 1984. Com ela foi tudo mais fácil ,mas era mais complicada para se deixar observar,detestava sentir-se nua !


Devido à nossas idades ,tanto eu como o meu ex marido,demo-nos mais com o Miguel do que com a Isabel, por ser mais novinha. Quantas vezes tomávamos café ,ao fim de semana ,no café do Hotel Estoril Sol,conversávamos e ríamos !


De vez em quando ainda encontro ,aqui por Nova Oeiras , o Senhor Doutor a passear o seu cão e eu a minha westie , é sempre bom encontrar um amigo que me deu bons conselhos e me acompanhou na complicada tarefa de mãe ! 


Um grande beijo para si Senhor Doutor e a minha gratidão

Clara

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Convidam-se os visitantes a enviarem os testemunhos da sua vivência com o biografado.

 O depoimento será publicado alguns dias após o envio.

Agradecemos a sua colaboração.

 

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